Explorando a Guiana: uma joia na costa norte da América do Sul

Aninhada na costa norte da América do Sul, banhada pelo Oceano Atlântico Norte e ladeada pelo Suriname e pela Venezuela, encontra-se a Guiana, um país de beleza natural exuberante e rico património cultural. Abrangendo uma área de 214.969 km², com 196.849 km² e corpos d’água que constituem 18.120 km², a Guiana possui uma geografia variada, de planícies costeiras a planaltos ondulantes e savanas expansivas no sul.

Condições Geográficas e Climáticas

O terreno da Guiana é predominantemente caracterizado por suas terras altas principalmente onduladas, com uma notável planície costeira baixa e a região sul marcada por savana. O país compartilha fronteiras terrestres que totalizam 2.933 km com o Brasil (1.308 km), Suriname (836 km) e Venezuela (789 km), e tem um litoral que se estende por 459 km, proporcionando acesso essencial ao Oceano Atlântico Norte. Apesar de sua proximidade com o equador, a Guiana desfruta de um clima tropical, com o calor moderado pelos ventos alísios de nordeste. Experimenta duas estações chuvosas primárias, de maio a agosto e novembro a janeiro, tornando suas condições ambientais ideais para diversos ecossistemas e agricultura.

A elevação em todo o país varia, com o ponto mais baixo sendo ao nível do mar ao longo do Oceano Atlântico, e sua maior elevação encontrada em Laberintos del Norte, no Monte Roraima, subindo para 2.775 m. Esta diversidade topográfica facilita uma riqueza de recursos naturais, incluindo bauxita, ouro, diamantes, madeira de lei, camarão e peixe, que são centrais para a economia e modo de vida da nação.

Recursos Naturais, Agricultura e Indústria

Rica em recursos naturais, a economia da Guiana se beneficia significativamente da mineração de bauxita e ouro, além de diamantes e madeira valiosa. O setor agrícola, que utiliza 8,40% das terras do país, produz cana-de-açúcar, arroz, óleos comestíveis, além de gado e frutos do mar, como carne bovina, suína, aves, camarão e peixe. Esses setores são apoiados por cerca de 1.430 km² de terras irrigadas em 2012, destacando a importância da agricultura e indústrias relacionadas, como moagem de açúcar e arroz, têxteis e, mais recentemente, madeira e mineração de ouro para o tecido econômico do país.

Demografia e Urbanização

Com uma população estimada em 750.204 habitantes em julho de 2020, a Guiana apresenta um padrão demográfico concentrado, com a maioria de sua população residindo dentro e ao redor da capital, Georgetown, particularmente em direção ao nordeste. Outras regiões populosas incluem áreas ao longo do rio Berbice. Apesar disso, vastas áreas do país permanecem escassamente povoadas, refletindo suas grandes extensões de terras florestais que cobrem 77,40% do território e contribuem para sua rica biodiversidade. Além disso, apenas cerca de 26,80% da população vivia em centros urbanos em 2020, ilustrando uma maioria habitacional predominantemente rural.

A língua oficial da Guiana é o inglês, um reflexo de sua história colonial, facilitando a comunicação e a educação entre seus diversos grupos étnicos. Seu povo é conhecido coletivamente como guianense, refletindo uma mistura de culturas e tradições que enriquecem a paisagem social do país.

Perspetivas Económicas

A economia guianense, com um PIB per capita de US$ 8.100 em 2017, é influenciada por sua ampla gama de recursos naturais e produtividade agrícola. Os principais parceiros de exportação do país incluem Canadá, Estados Unidos, Panamá, Reino Unido, Jamaica e Trinidad e Tobago. As principais exportações incluem açúcar, ouro, bauxita, alumina, arroz, camarão, melaço, rum e madeira. Por outro lado, seus maiores parceiros de importação são Trinidad e Tobago, os EUA, a China e o Suriname, com importações consistindo principalmente em manufaturas, máquinas, petróleo e alimentos. Esta dinâmica comercial sublinha a integração da Guiana no mercado global, equilibrando-se entre as suas exportações baseadas em recursos e a importação de bens manufaturados e alimentares.

As taxas de eletrificação atingiram 84,2% da população total em 2016, indicando um progresso significativo no desenvolvimento de infraestruturas e no acesso à eletricidade para os seus cidadãos. Este avanço apoia tanto a qualidade de vida do povo guianense quanto as capacidades operacionais de suas indústrias e negócios.

Em conclusão, a Guiana emerge como uma nação de beleza natural soberba, recursos ricos e cultura vibrante. Posicionado de forma única no norte da América do Sul, enfrenta desafios e oportunidades típicas de países em desenvolvimento, navegando entre a conservação de suas extensas paisagens naturais e o avanço de seu desenvolvimento econômico. À medida que a Guiana continua a se desenvolver e se integrar ainda mais à economia global, seus maiores ativos – seus diversos ambientes, recursos e pessoas – desempenharão papéis críticos na definição de seu futuro.

Dados do país